a segunda volta...

Pois é! Hoje ocorreu a 2ª volta das presidenciais aqui no Brasil, dia 29 de Outubro de 2006, ou ainda 29/10/06.

O resultado já se sabe... Lula ganhou e por uma margem bem folgada.

Urnas apuradas: 99,95%
Fonte: TSE
LULA 58.270.810 60,82%
GERALDO ALCKMIN 37.534.823 39,18%

Mas a curiosidade que vos quero aqui referir não está relacionada com a opinião política, mas sim matemática.

Passando a explicar: as urnas no Brasil funcionam com voto electrónico. Assim, é atribuido a cada candidato um código. No caso dos presidentes esse código é de 2 dígitos. Ao Lula correspondia o número 13 enquanto que o Geraldo era o 45.


Ora vejamos então a pura matemática em funcionamento:
Eleições em 29/10/06

Se somarmos temos 29 + 10 + 06 = 45 = Geraldo
Se subtrairmos temos 29 - 10 - 06 = 13 = Lula

Coincidência? Será mesmo?

Seja como for, o povo escolheu o Lula, só espero que não tenha escolhido "subtrair" como diz a matemática...

e no fim de semana seguinte... VISITAS!

Sim, tivemos as nossas primeiras visitas. Os primos Fernando e Noémia vieram de São Paulo passar o fim-de-semana connosco e com os amigos cearenses Ricardo e Anazélia. Que maravilha...

Na sexta, enquanto a Siriguela estava na escola, foram até à praia do Futuro comer ostras regadas a caipirinha, ou pelo menos foi o que me contaram! A noite começou com as deliciosas tapiocas no ambiente “tropical Caraíbas” do restaurante Coco Bamboo e terminou na feirinha da Beira Mar.

O dia de Sábado foi passado na praia junto ao Beach Park onde atacamos em força o caranguejo em caldo de coco e, para não fazer misturas, continuamos na caipirinha. O jantar foi no excelente restaurante do Marina Park Hotel e consistiu de um cardápio gourmet acompanhado de um bom chileno e de uma dupla guitarra e violino que nos presentearam com uma interpretação de “O Batel” e seguiram com Bossa Nova. Finalizamos em glória com um porto… melhor teria sido impossível.

Fica a memória de um fim-de-semana em beleza e a dica às próximas visitas para que não façam por menos ;)

Jericoacoara, o buraco da tartaruga

Na semana passada aproveitamos o feriado de quinta feira, "emprensamos", e fomos passar uns dias a Jericoacoara, uma pequena vila que em tempos foi piscatória (agora é exclusivamente turística) que fica numa área de protecção ambiental cá no Nordeste do Brasil. Para os mais interessados http://www.jericoacoara.com/br.

A particulariedade mais interessante é que a vila se encontra numa língua de terra voltada a poente, ou seja, o sol põe-se no mar, acontecimento inétito no Brasil. Ao aproximar-se a hora do espectáculo o povo sobe a duna do "por-do-sol" e acomoda-se confortavelmente a admira-lo.

Entre passeios de buggie, mergulhos em fantásticas lagoas de água doce e cristalina, tapiocas e gelados caseiros, peixe fresco acabado de grelhar, sandboard e banhos de mar quentinhos, o que eu mais gostei foi do passeio no mangue à procura de caranguejos e cavalos marinhos.

até agora...

pouca terra, pouca terra...

Hoje foi dia de aventura. Pusemos o nosso melhor "look" de nativo e lá apanhámos o ônibus em direcção ao centro da cidade. Tinhámos combinado com uma coleguinha ir fazer um passeio de trem. Felizmente, ela atrasou-se e então como recompensa levou-nos a visitar o mercado central, tão desejado por nós. Lá nos dirigimos em direcção ao "ovni"...
É um edifício interessante mas com bastantes contradições. Tal como muitos outros edifícios cá na cidade, nega a relação com a rua e a envolvente próxima. O piso térreo que deveria ser uma grande praça ligada ao exterior, mais parece uma sub-cave, pois liga directamente com o estacionamento. Como todos os edifícios, encontra-se cercado por muro e grade.

Chegou a hora de embarcarmos no trem. O trem é usado pela classe mais baixa... e atravessa muitos dos bairros sociais que se encontram na periferia da cidade. É incrível a separação social que existe neste país. Impressionante é saber que existem jovens desta sociedade, de classes sociais superiores, que nem consciência têm disto... que nem esta parte da cidade conhecem... que sequer faz parte da mesma cidade em que eles vivem...
Quanto ao trem foi fantástico. Peculiar... este trem de um mundo subdesenvolvido. As carruagens eram muito estreitas, não tinham interligação com as seguintes e os bancos eram corridos nas laterais. A degradação da composição era de tal ordem que apresentava buracos de tanta ferrugem. As janelas eram cobertas de gradeamento, para evitar que mais pedras ferissem passageiros (mas por que será que membros da mesma comunidade e estrato social se atacariam uns aos outros? não consegui ainda compreender.). As pessoas que transportava eram todas simples... contudo o ambiente não era totalmente confortável para se tirar umas fotos. Preferimos manter o low-profile. Lá fomos nós até ao final da linha e voltámos... Uma aventura que valeu pela experiência e por uma nova amizade com a nossa amiga cearense.

...

vida dura...

A vida no Brasil também é dura. Não pensem que aguentar temperaturas entre 26º e 30º C durante 24h por dia... é coisa fácil.
Assim, para descontrairmos da rotina diária, aproveitamos a fantástica rede que temos na varanda, oferecida pelos nossos queridos amigos cearenses.

"Essa rede... é boa demais."